papel de parede

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Hoje...

Hoje eu acordei com vontade de jogar amarelinha, pular corda, brincar de elástico. De andar de patins com joelheiras e munhequeiras e só cair de bunda. Andar de bicicleta e usar os pés para freiar.

Hoje eu só queria brincar de ser sereia na piscina, fazer de conta meu próprio conto de fadas, criar histórias que só eu sei inventar.

Queria usar os sapatos da minha mãe sem que eles de fato coubessem nos meus pés, usar maquiagem borrada e com combinações extravagantes de caixinhas coloridas e com formas de bichinhos.

Queria fazer de conta que dirijo o carro do meu pai e viajar para onde minha imaginação mandar. Fazer a mala e fugir de casa, parar na esquina e já poder voltar.

Adoraria poder ser policia ou ladrão sem que isso definisse ser bom ou mau. Me esconder com vontade de ser encontrado e ser "queimada" em uma brincadeira de bola.

E também adoraria pescar peixinhos de papel em "piscinas" de areia. Fazer campeonato de tiro ao alvo por caixas de chocolate, trocar figurinhas com disputas de bafo, acertar a boca da nega maluca.

Hoje eu acordei querendo que fosse ontem, mas já é quase amanhã e o tempo insiste em não parar de passar.

Descobertas....

E eu, que nunca me achei muito normal, descobri que o mundo está cheio de gente maluca!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Pensamentos soltos e amarrados

As vezes tudo que a gente precisa é de um tempo para pensar. Colocar as coisas na balança e pesá-las buscando o equilíbrio entre a razão e a emoção.

Perceber que nossos dias de vida devem ser gastos para sermos felizes, e não para serem vividos do jeito que os outros acham que é certo. A felicidade não tem nada a ver com padrões e convenções sociais.

Não é pecado pensar em desistir, trocar de caminho, mudar as regras do jogo. Só é preciso ter bem claro que seja qual for a sua escolha não se pode mais voltar atrás.

Por mais que as portas fiquem abertas, ao passar por elas novamente o momento será outro, a história terá seguido e, apesar de parecer o mesmo porto-seguro de antes, o tempo longe dele terá mudado os ares...

É importante tomar decisões, se posicionar. Ter idéia e opinião definidas, mesmo que elas mudem cinco minutos depois. Não dá pra ver a vida passar, ou ser levado boiando pela correnteza.

Quem não nada contra maré, não sente o frio na barriga ao pular de um muro alto, não cai e se levanta, simplesmente não vive. É preciso perder o fôlego e recuperá-lo para perceber que isso tudo aqui vale a pena!

Viver, graças a Deus, não é uma ciência exata. É preciso ter um pouco menos de medo e arriscar!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Nem tudo…

Nem tudo o dinheiro paga.
Nem tudo o tempo cura.
Nem tudo a paciência tolera.
Nem tudo o amor suporta.

Por maior que eles sejam…

terça-feira, 19 de junho de 2012

Das mulheres de que vim...

Eu sou de uma linhagem de mulheres que resolvem e se resolvem. Que não esperam, acontecem. Mulheres com opiniões próprias. Que batem o pé e vão a luta por aquilo que acreditam.

Um tipo de mulher que cai e se levanta, muitas vezes sozinha. Que sorri mesmo chorando por dentro. Que dá um jeito, desenrola, se vira e anda pra frente porque sabe que não adianta querer voltar no tempo.

Que são mães, filhas, irmãs, avós, tias, pais, psicólogas, professoras de vida... E se for preciso elas são tudo isso ao mesmo tempo.

Elas amarram saias entre as pernas para correr em cima do telhado atrás de menino danado. Pulam a janela para competir naquilo que gostam. Fazem escolhas. Preferem um não com conteúdo que um sim vazio. São malcriadas, no melhor sentido da palavra.

Mulheres que dançam, riem, gargalham, esperneiam, soluçam. Que sonham e fazem acontecer.

É um tipo de mulher muitas vezes criticado, que dá trabalho, que desconcerta. Que não veio ao mundo a passeio. Que transforma. Que pergunta e responde "porquês".

Mulheres que sabem o valor da amizade e que conhecem a fundo o significado da palavra cumplicidade. Que não são submissas, mas companheiras.

Mulheres admiráveis, únicas. Vividas. Que possuem a doçura necessária para matar um leão por dia.

É uma linhagem de mulheres que têm cabeça dura e coração mole. E essa combinação resulta na fórmula perfeita para viver esta louca e breve vida.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Na onda de San Valentín

Hoje eu acordei na capital do Brasil e achei que estava nos Estados Unidos. Todas as minhas timelines (sim, eu tenho muitas redes sociais) estavam lotadas de declarações amor.

Depois de constatar que eu ainda estava em terras tupiniquins e que eram brazucas aqueles que não paravam de postar mensagens de Valentine's day cheguei a uma conclusão: era a única pessoa que não sabia que agora comemoramos o dia dos namorados duas vezes ao ano.

Eu fico impressionada com a força do Tio San. Não fossem os filmes hollywoodianos provavelmente ninguém lembraria desse dia dedicado a San Valentín, morto há 1742 anos por ordem do imperador romano Cláudio II.

Não quero acabar com o romantismo do dia. Jamais. Nem poderia. O santo do dia morreu por amor! Calma. Também não quero ser acusada de heresia por afirmar que um sacerdote vivia um romance.

San Valentín foi morto por celebrar o amor. É que naquela época o Carlão, dono do pedaço, resolveu que os jovens não podiam casar. Era tempo de guerra e os soldados deveriam estar livres e desimpedidos para lutar pela magnífica Roma.

Valentín, que naquela época não era santo, casava os casais apaixonados escondido, garantindo o direito daqueles que queriam viver o "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que a GUERRA nos separe". Até que descobriram o casamenteiro, ficaram bem irritados e o resto da história eu não preciso contar.

Curioso é nos dias de hoje, onde os casamentos parecem ser descartáveis, ver uma infinidade de gente comemorando o amor propagado por um homem que foi contra os poderosos para que os pobres e indefesos pudessem casar.

Foi bem gostosa essa vibe "love is in the air". Podíamos aproveitar o embalo e repensar os relacionamentos de hoje em dia, né? Afinal, depois da morte de San Valentín, e recentemente do Wando, sobraram poucos românticos para pregar que um amor de verdade vale a pena.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Da síndrome de concurseiro

E no domingo Brasília parou. Às 7h da matina e às 14h tinha trânsito para onde quer que se andasse. Não, dessa vez não foi a chuva, nem muito menos um acidente, que engarrafou a capital. Foram as centenas de carros que tentavam chegar a centros de ensino para o concurso do TSE.

É impressionante a força da cultura concurseira que existe nessa cidade. Foi-se o tempo em que se escolhia o curso universitário pela profissão que se sonhava ter. Não se pensa mais na vocação, nem nas matérias que se tem afinidade. Escolhe-se a faculdade que vai permitir um conhecimento prévio dos diversos tipos de direitos exigidos nas provas em geral. A preparação para ingressar no serviço público virou curso superior.

A promessa de estabilidade e de uma aposentadoria com um mínimo de dignidade é tentadora. Não é de se admirar que uma imensidão de pessoas se dirijam igual boiada para fazer uma prova, muitas vezes sem saber direito em que vai trabalhar depois.

Sim, eu já fiz concurso. Entrei na massa, seguindo o comportamento da maioria.E depois da prova eu chorei. Foi desesperador pensar em definir minha vida tendo arriscado tão pouco.

Eu nunca gostei de me acomodar. De achar que está bom do jeito que está. Sempre gostei de desafios, SONHOS e prazeres. O que vale mais: ganhar muito dinheiro em um trabalho tranquilo e seguro, mas que te deixa infeliz, ou ralar desesperadamente, por um salário nem sempre compensador, mas chegar em casa todo dia cheia de ideias e querendo fazer mais?

Não estou dizendo que todo trabalho no setor público é fácil. Jamais afirmaria isso com os exemplos de servidores que tenho. São pessoas que ralam, e MUITO, em diversos órgãos desse Brasil. Mas infelizmente são poucos os que tem a sorte de passar em um concurso de uma área que amam e podem sentir prazer naquilo que fazem.

Não estou aqui querendo criticar aqueles que escolheram esse destino. Se você me disser que seu sonho é trabalhar em determinado órgão eu digo "se joga e faz essa prova com toda sua garra porque isso é o que você QUER e não o que o te convenceram a querer".

O que estou querendo dizer é que esse não é o único caminho. E nem me venha com a desculpa de que Brasília tem a sede de todos os poderes e é natural esse tipo de comportamento.

A Capital do País é também, e desde sua origem, uma cidade de realização de sonhos. Um lugar de pessoas que ousam ousar. Que se arriscam. Que empreendem. Ou você acha que foi fácil construir uma Brasília em três anos?

Eu não acredito que aqueles que se atreveram a vir para o planalto central, enfrentar um cerrado ainda desconhecido e construir uma história nova não transferiram para o DNA de seus filhos e netos o gene do "tentar o novo". Onde estão os descendentes daqueles que criaram isso aqui? Eles não deveriam estar criando também?

Com um pouquinho de atenção consegue-se achar uma infinidade de oportunidades que essa cidade oferece. Basta tirar os olhos das leis e seus artigos, pensar em algo que você adora fazer e transformar isso no seu futuro promissor.

E se for mesmo o seu desejo estudar para um concurso que seja o que te oferecerá o emprego dos seus sonhos, que vai te satisfazer profissionalmente e pelo qual vai valer a pena sentar a bunda em uma cadeira e se dedicar. Só vale lembrar, mais uma vez, que as portas estão abertas e existem, sim, outras saídas.

Ah, só para constar, não estou dizendo que dessa água eu não beberei. Só estou decidindo me dedicar a um concurso que desperte em mim vontades e empolgações.